Barroso da Costa
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Barroso da Costa

Misérias poéticas de madrugadas insones

Diante de seus abismos de dentro, agarra-te ao que lhe é outro; recorre aos fios da palavra e tece suas tramas, à frente a esperança e, sob a corda em que te equilibras, o poço de águas paradas, que é túmulo de Narciso e casa de sereias amaldiçoadas a um

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Crontos, cônicas e afins

Gente Podre[1] Domingos Barroso da Costa – Gente podre… Sartre tinha razão!             Com essa frase, Ricardo Augusto II começava a subir a ladeira que levava ao cemitério da Boa Morte.             De dentro da limousine funerária, olhava com expressão de nojo para as pessoas que, apenas por aquele momento

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Crontos, cônicas e afins

Moto-contínuo[1] Na grande cidade pós-moderna, o progresso um dia cultuado se traveste de barbárie. Nela jaz o sonho de felicidade fragmentado em rápidos prazeres. A produção se aliena no consumo, num movimento intenso e ininterrupto que não permite que o presente aceda ao futuro. Um perene agora de necessidades insatisfeitas

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Crontos, cônicas e afins

Abaixo o Photoshop![1] Como nunca, a passagem dos anos tem afligido as pessoas, que fazem de tudo para se livrar de suas rugas, de alguns quilos que consideram a mais ou de qualquer coisa que as faça lembrar que, dia após dia, estão envelhecendo. As cirurgias plásticas nunca estiveram tão

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Barroso da Costa

Historicamente falando, há não muitos anos, brilhante intelectual – e músico – cantava “Pai, afasta de mim este cálice”[1], insurgindo-se contra a censura, a favor da liberdade de expressão. Porém, se então de tão gorda a porca não andava, hoje, de tão magra, ela voa!   Se de nada se

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Caí num monte de lixo, era noite, um gato passou por cima de mim, arranhando meu rosto, um gosto ferruginoso enchia minha boca, cuspi, faltava um incisivo, os tornozelos formigavam e os pulsos ardiam nos pontos em que estavam vermelhos pela marca das cordas. Não dava tempo. Ouvi vozes, passos

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Na grande cidade pós-moderna, o progresso um dia cultuado se traveste de barbárie. Nela jaz o sonho de felicidade fragmentado em rápidos prazeres. A produção se aliena no consumo, num movimento intenso e ininterrupto que não permite que o presente aceda ao futuro. Um perene agora de necessidades insatisfeitas e

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Quinique, eu, Valtinho, Pirica, Juninho e Dedé. No banco, Gaia, Cesário e Vovô. Este era o time que defendia as cores de um pequeno bairro, erguido para abrigar os operários de uma siderúrgica francesa que se instalou na década de 40 no interior de Minas Gerais. Da construção do campo

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