Barroso da Costa

O testemunho

– Ajeita a luz, Silveira. Isso… Pronto! Testemunho 22, take 1. Gravando.

– Sim, meu nome é Mário de Souza Bittencourt, ex-ator de televisão. Tenho 26 anos. É… eu atuei naquela novela, sim. Falar sobre minha vida? Desde pequeno tenho manias, vícios. Lembro-me de quando ficava o dia inteiro trocando figurinhas. Colecionava de tudo, das caras dos jogadores de futebol a selos postais. Na adolescência começaram as apostas… Primeiro, as bolinhas de gude, depois o pife-pafe a valer e, por fim, já brincava de roleta-russa. Era viciado naquela possibilidade de perda. Drogas? Fumei maconha minha vida inteira. Aos quinze comecei a cheirar e, aos dezessete, já estava totalmente fissurado no crack, sem contar o cigarro, que me fumava, e a cachaça, que consumia diariamente aos litros. Cheguei a transar com mais de três mulheres por dia. Depois que entrei para a Igreja? Não. Aí eu parei com tudo. Jesus me libertou, aleluia. Hoje já não sou viciado em mais nada. Freqüento a Igreja de manhã, de tarde e de noite. Oro ao Senhor a cada segundo e assisto a, pelo menos, cinco cultos por dia. Não paro nem para comer e chego a dormir no templo. Já não tenho mais vícios, nenhum vício. Como disse o Pastor Josias, hoje só há espaço para Jesus na minha vida.

– Excelente! Corta.

Barroso da Costa

Previous post

O maior amor do mundo

Next post

Os invisíveis