As guerras do PSDB para escolha do seu presidenciável

Os Impublicáveis lança a série “o tretário tucano”, com textos contando, uma a uma, as disputas que marcaram a escolha dos presidenciáveis do PSDB
O enfrentamento entre o ex-governador de São Paulo, João Dória, e o ex-governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, numa infindável disputa pra ver quem será o candidato tucano à Presidência da República nas eleições de 2022, é apenas mais um dos muitos “estranhamentos” das lideranças tucanas. Querelas assim fazem parte da história da sigla quando se trata da escolha dos seus presidenciáveis. Antes, porém, esses embates refletiam tão somente as disputas de espaço e poder político, como na maioria dos partidos. Ao longo dos anos o partido também vê minguar sua representação, seja no Congresso Nacional, no comando de governos estaduais e também nas prefeituras, o que pode guardar algum nível de relação de causa e efeito das sequelas desses atritos. O Partido da Social Democracia Brasileira — o PSDB — figurava como uma das mais importantes agremiações políticas nacionais. Suas lideranças foram responsáveis pela estabilização da economia nacional na década de 90, quando vivíamos uma hiperinflação de até 47% ao mês, entre tantas outras importantes realizações.
Agora, tudo sugere que Doria e Leite serão protagonistas do derradeiro episódio que completará o achatamento da legenda, nivelando-a a outras de menor expressão. Ou seja, outra instância cartorial de velhacos e outros mal intencionados que gravitam em torno da política. O que é uma pena, dada à contribuição histórica da sigla.
Para contar as histórias desses embates, o site Os Impublicáveis lança a série “o tretário tucano”, com textos detalhando, uma a uma, as disputas que marcaram a escolha dos presidenciáveis do PSDB.

O “racha” talvez esteja no DNA de formação dos tucanos. O PSDB nasceu das “costelas” do PMDB, partido opositor à ditadura militar brasileira (1964-1985), que elegeu o mineiro Tancredo Neves para a Presidência da República (ainda que indiretamente), mas que morrera antes de tomar posse. Assume a Presidência seu vice, o maranhense José Sarney, que farejara o ocaso do regime militar e se movimentou antes de ser tragado junto com os militares.
Àquela época, o velho PMDB ainda abrigava quadros políticos de variados matizes ideológicos — reminiscências do período bipartidário brasileiro. Quando a legenda começou a também receber lideranças egressas do PDS (herdeiro da antiga Arena, partido que dava sustentação ao regime militar), o então senador Fernando Henrique Cardoso articulou, dentro do partido, a criação do Movimento de Unidade Progressista (MUP), que criticava à guinada à direita do partido.
A ambiência partidária, que não era das melhores para os integrantes da MUP, ficou ainda pior quando da votação de dois pontos da nova Constituição: a aprovação do regime parlamentarista (que foi por muito tempo uma bandeira tucana) e a previsão de eleição para a Presidência da República, em 15 de novembro de 1988, o que encurtaria o impopular mandato de Sarney. O então presidente os venceu em ambos os temas: manobrou com o Centrão (sim, eles já existiam) a aprovação do regime presidencialista e a duração de cinco anos do seu mandato. Ele governou o país de 21 de abril de 1985 a 15 de março de 1990.
Uma semana após a aprovação da Constituinte, conforme anteriormente acertado pelo grupo, Mário Covas (engenheiro levado à política pelas mãos de Jânio Quadros), Fernando Henrique Cardoso (tido como o príncipe da sociologia brasileira), Franco Montoro (jurista, católico notável e seguidor de preceitos da democracia cristã), José Richa (carioca radicado no Paraná, onde se formou em odontologia, também democrata cristão), Euclídes Scalco (farmacêutico descendente de italianos) e Pimenta da Veiga (advogado, filho de um ex-deputado federal) fundaram o partido que pretendia ser no Brasil, a embaixada da social democracia européia — corrente ideológica que atribui ao estado papel central na organização econômica, para redução de efeitos adversos do capitalismo, como crises periódicas e elevado desemprego. Ou seja, o Estado de bem-estar social.
Embora houvesse uma matriz ideológica clara, havia indefinição sobre dois possíveis nomes: Partido Democrático Popular (PDP) ou Partido da Social-Democracia Brasileira (PSDB). Com isso, no dia 24 de junho de 1988, no auditório Nereu Ramos (Câmara dos Deputados), apenas o mascote da legenda estava definido: o tucano, cuja réplica esteve à mesa à frente de Franco Montoro durante todo o ato. Como ainda não haviam definido o nome da legenda, a imprensa passou se a referir a eles como o “partido dos tucanos”.
Registrado oficialmente em 1989, o PSDB chegou grande no Congresso Nacional, formando a terceira maior bancada na Câmara, com 37 deputados federais e sete senadores – a maior parte deles vindos do PMDB.
A primeira participação do PSDB nas eleições presidenciais, em 1989, não denotou a magnitude política que o partido ganharia no futuro. Tal como em 2018, o povo foi às urnas com uma forte rejeição à classe política e os tucanos entraram na lista dos “atropelados” por Fernando Collor, candidato outsider queinterpretava o personagem do “caçador de marajás”, numa cruzada contra mordomias e privilégios do funcionalismo público, e de rigoroso combatente da corrupção. Mário Covas, o tucano na corrida ao Palácio do Planalto, ficou em quarto lugar, com 7,8 milhões de votos. No segundo turno eles declararam apoio ao candidato do PT, Luis Inácio Lula da Silva. Foi o primeiro e último apoio entre tucanos e petistas numa disputa à Presidência da República.
Vendido como o candidato cuja juventude lhe revestia da coragem e de boas idéias para construir um Brasil moderno, Collor repetiu o mesmo conjunto de incompetências e improvisos que lhe antecederam — sobretudo na área econômica — e se perdeu numa trama de esquemas de corrupção, vendetas de família e perda de apoio político e popular.
Com Collor ladeira abaixo em direção ao seu impeachment, seu vice, o mineiro Itamar Franco, deu início às articulações da sua composição de governo, conversando com lideranças políticas de todos os partidos. Com os tucanos, as conversas foram com os paulistas Franco Montoro e Fernando Henrique Cardoso, e o cearense Tasso Jereissati, ex-governador do Ceará.
No dia em que a Câmara dos Deputados aprovou o afastamento do primeiro presidente eleito pelo voto popular após a ditadura, reuniram-se para jantar no restaurante Piantella — um dos mais tradicionais pontos de encontro político de Brasília — Tasso Jereissati, FHC e Ciro Gomes, então governador do Ceará.
Já passava da meia noite quando o maître do restaurante foi ao encontro de FHC, informando que Itamar Franco estava ao telefone e queria falar com ele. Quando voltou, Fernando Henrique Cardoso estava com olhar de perplexidade, balbuciando que algo de muito grave estava acontecendo e que o vice-presidente havia chamado-os a sua residência.
Chegando lá, vários jornalistas, deputados, senadores e dezenas de lideranças políticas se aglomeravam na residência. Quando os viu, Itamar os encaminhou para um quarto para conversarem reservadamente. “Eu chamei os três aqui para avisar que não assumirei a Presidência da República”, disparou o mineiro. FHC reagiu de pronto: “Como assim não vai assumir?”
Itamar explicou que não assumiria porque o líder do PMDB na Câmara, Orestes Quércia, e o governador de São Paulo, Antônio Fleury (PMDB), estavam pressionando-o, exigindo que fizessem a indicação do ministro da Fazenda, o que ele disse que não aceitaria. Também confidenciou que Lula havia ligado, dizendo que o PT não iria compor o governo e anunciou que fariam oposição.
“Nessas condições eu não assumo”, disse Itamar, que tinha entre seus traços um temperamento mercurial. “Mas presidente”, tentou contemporizar FHC, que fora rapidamente interrompido. “Já está decidido. Eu não assumo. Como confio em vocês eu os chamei aqui para avisar”, devolveu o mineiro.
Findada a conversa, os três tucanos se imbuíram da missão de articular as condições para que Itamar assumisse a Presidência da República. FHC ligaria para Orestes Quércia, Tasso faria contato com Lula e Ciro falaria com Fleury. Como na época não havia celular, atravessaram parte da madrugada pendurados nos telefones convencionais, cujos fones eram ligados por fios espiralados à base do aparelho.
Alta madrugada e os três voltaram a Itamar com o seguinte panorama: Quércia e Fleury abriram mão de indicar o ministro da Fazenda, mas queriam vetar o nome de um adversário ou de quem entendessem não estar apto para o cargo. Esse acordo, por exemplo, barrou a nomeação de José Serra, economista e líder do PSDB na Câmara dos Deputados, que fora cotado para o posto tempos depois. Sobre o impasse com Lula, explicaram que o PT não iria à oposição de fato. O partido não integraria o governo apenas porque, naquele momento, não lhes cabia participar de nenhuma situação de gestão.
Assim, sem maiores holofotes, a tríade tucana contribui para dissipar o que poderia ser uma crise sem precedentes na história da República. É como nos ensina o ditado: casa de ferreiro, espeto de pau.
Na composição do transitório governo Itamar coube ao PSDB o Ministério da Assistência Social (cuja ação de trabalho era eminentemente clientelista), que fora transformado no Ministério do Bem-estar Social, sob o comandado do deputado federal Jutahi Magalhães (PSDB-BA) e o Ministério das Relações Exteriores, para a qual FHC foi nomeado ministro — além de comporem a base do governo na Câmara dos Deputados.
Paralelamente à composição de governo, estava em curso, à surdina, o início de uma articulação que vislumbrava a reintegração do PSDB ao PMDB. Na avaliação de tucanos paulistas o partido havia fracassado nas eleições de 1989, tanto na eleição para a Presidência da República, quanto na composição da bancada para o Congresso Nacional. O partido elegera apenas mais uma cadeira na Câmara os Deputados, totalizando 38.
Ciro Gomes, que fora o único governador eleito pelos tucanos em 1990, com apenas 31 anos, notabilizava-se por sua ascensão meteórica (dois anos antes ele fora de eleito prefeito da capital) e seu jeito combativo de debater política. Ele era terminantemente contra a reintegração da legenda ao PMDB.
Resolveu articular a candidatura de Tasso Jereissati (um dos grandes empresários brasileiros, filho do ex-senador Carlos Jereissati) à presidência do PSDB. A ala paulista dos tucanos (com exceções como FHC, que apoiou Tasso) lançou e apoiou Euclides Scalco (PSDB-PR) — a quem caberia a articulação para fusão da sigla dissidente ao seu grupo de origem. Essa disputa tencionou a relação de Tasso e Covas.
Tasso levou a melhor e, em setembro de 1991, foi eleito presidente nacional do PSDB. Ele compôs uma equipe econômica de alto nível para a elaboração de um plano econômico para por fim a instabilidade econômica que assolava o país, e tinha como principal problema uma hiperinflação de até 47% ao mês — e que serviria de base para sua candidatura à Presidência da República.
Esse staff reuniu os economistas Edmar Bacha, André Lara Resende, Pérsio Arida, Bresser Pereira e Elena Landau. Eles se reuniam longe dos holofotes, preparando o embrião do plano econômico, mas também o candidato, para o debate público das coisas do dia a dia da economia nacional.
Tasso estava plantando o Plano Real, mas foi outro tucano quem colheu esses frutos.
Em política não existem segredos e a história de que o PSDB estava com um plano econômico em estágio avançado chegou ao conhecimento de Itamar Franco, quando seu então ministro da Fazenda, o mineiro Eliseu Resende, foi denunciado por fazer pressão sob o Comitê de Finanças à Exportação, a fim de favorecer à empreiteira Odebrecht (sim, desde sempre) numa obra que seria realizada no Peru. A permanência de Eliseu ficou insustentável e Itamar começou a buscar outro nome para a pasta.
Foi quando tocou o telefone da casa do embaixador dos Brasil dos Estados Unidos (em Nova York), tendo na linha o presidente Itamar Franco, querendo falar com Fernando Henrique Cardoso, que estava lá para compromissos diplomáticos. Na conversa telefônica, o então presidente falou da sua intenção de nomeá-lo para a Fazenda.
FHC tentou convencê-lo a manter Eliseu, que já era o quarto ministro da pasta em menos de seis meses. “Eu não sou economista e nem estou no Brasil. Acho que você deve manter Eliseu” disse o então ministro de Relações Exteriores, que também ponderou que precisava conversar com sua esposa, Ruth Cardoso.
Combinaram que retomariam a conversa tão logo FHC chegasse ao Brasil. “No outro dia Ruth me liga furiosa dando a notícia de que eu havia sido nomeado ministro da Fazenda”, conta FHC. Ele negou a nomeação à esposa, explicando o que tinha sido conversado com o presidente. Mas, de toda forma, ligou para o secretário-geral do Itamaraty, que confirmou: “O senhor agora é ministro da Fazenda!”
Conversando com Itamar, FHC tentou ponderar, mas fora interrompido com um rápido “todo mundo gostou!”. Todo mundo menos FHC, que reclamou que nomeações importantes ao Ministério da Fazenda já haviam sido feitas, como cargos estratégicos da Receita Federal, no Banco Central, no Banco do Brasil, entre outros. Itamar lhe garantiu carta branca para fazer as alterações que achasse necessárias. FHC então recorre ao presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati, e à equipe que ele havia reunido.
Havia um impasse entre o grupo técnico e o grupo político para a implantação do plano. Os técnicos diziam que a prosperidade do plano só seria possível mediante um conjunto de outras reformas, como a tributária e a administrativa. Eles queriam que elas viessem primeiro, e que depois o plano fosse implantado. Já o grupo político explicava que, dada a alta da inflação, reformas daquela complexidade dificilmente passariam no Congresso. Eles apontavam que o caminho deveria ser o oposto, o de primeiro ganhar a opinião pública, renovar o Congresso e então promover as reformas. Ponderações de parte a parte, ora contrárias, ora conciliatórias, chegou o momento em que votariam pela implantação (ou não) do plano, nos moldes e na conjuntura em que se encontravam.
FHC ergue o braço positivamente; Tasso, Ciro Gomes e Mário Covas, da mesma forma. Presente à reunião, José Serra, tentou abster-se, sem se manifestar. Foi quando Covas, atento ao seu esquivo, berrou: “Alto lá, sr. José Serra! Você não vai omitir sua posição com relação ao plano, a fim de dizer lá na frente, caso algo dê errado, que você foi contra. Você vai dizer agora se apoia ou não a implantação do plano”.
Como se vê, Covas e Serra disputavam a indicação do partido para a disputa do governo de São Paulo.
Assustado e constrangido, Serra acompanhou o voto dos demais políticos, prevalecendo a implantação do plano naqueles moldes. É o que Ciro Gomes, um dos fundadores do PSDB e testemunha ocular do acontecimento, em suas centenas de entrevistas disponíveis na internet.
Ainda pelo relato de Ciro Gomes, nessa noite, FHC o chamou para jantar no Lakes Baby Beef (na asa sul de Brasília) juntamente com Covas e Tasso. “O gênio político de FHC percebia as potencialidades do plano que estava para ser implantado. Foi quando ele começou sua conversa “ensaboada”. “Meus amigos, o plano está pronto. Tudo vai dar certo e os riscos estão dentro de boa expectativa”, disse FHC, que prosseguiu: “Dando certo, é natural que o PSDB tenha seu candidato à Presidência da República, até para dar continuidade ao plano. O candidato, porém, é um de nós quatro. Somos bons amigos, que nos queremos todos muito bem, mas o tempo está passando e chegou a hora da gente conversar. Por isso eu tomei essa iniciativa. E eu, sem qualquer tipo de imposição, gostaria de dizer que eu quero ser o candidato”.
Pegando no braço de Tasso, FHC perguntou: “O que você acha, Tasso?”, que respondeu sem muito entusiasmo, “Por mim tudo bem”.
FHC encaminha a mesma questão para Covas, que responde: “Você reúne todas as condições para ser nosso candidato, e já é do seu conhecimento que meu projeto é disputar o Governo do Estado de São Paulo”.
Como “fiel escudeiro”, a avaliação de Ciro é que Tasso seria o candidato natural. Ele elegera o único governador de estado do partido (ele, Ciro), havia vencido a queda de braço na disputa pelo comando da legenda e fora ele quem montou a equipe do Real. Quando Tasso consentiu com que fosse FHC o candidato tucano, Ciro Gomes o “fuzilou” com os olhos. Cruzou os braços comunicando desconforto e frustração, e passou a fitar FHC com olhar desafiador.
Como que tentando desfazer o clima pesado, FHC lembrou que Ciro também poderia ser o candidato. Ao que o governador do Ceará explodiu: “Eu não sou candidato a porra nenhuma. Você sabe que nem idade para isso eu tenho. Agora, me perdoe a franqueza, mas o que está acontecendo aqui é uma grande sacanagem”.
Habilidosamente, FHC expôs sua contrariedade ao tom da acusação, dizendo que se Tasso quisesse ser o candidato estava tudo resolvido. Tasso, porém, encerrou a discussão dizendo que a disputa à Presidência não era para ele. Assim nasce a pré-candidatura de FHC ao Palácio do Planalto, ancorada na expectativa de êxito do Plano Real — o que aconteceu.
Umas das principais missões do plano era a estabilização econômica e da hiperinflação. Quando entrou em vigência no dia 1º de julho, a inflação anotada para o mês anterior era de 47%. Caiu para 6% em julho, e para 1,53% em agosto. Sem os salários corroídos pelo efeito inflacionário, a população experimentou poder de compra real dos seus salários, tanto sobre gêneros alimentícios, quanto sobre produtos eletrônicos. A euforia geral garantiu que Fernando Henrique Cardoso fosse eleito no primeiro turno da eleição presidencial de 1994, somando 55,2% dos votos, no seu embate ao candidato do PT, Luis Inácio Lula da Silva, que somou 39,97%. Parte da derrota do PT nessa eleição se explica pela posição contrária do partido ao Plano Real.
A disputa entre FHC e Tasso pela indicação do candidato tucano à presidência foi a mais civilizada e pacífica da legenda. Foi a única assim. Nas eleições presidenciais de 1998, FHC conseguiu a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que dava a prefeitos, governadores e ao Presidente da República, direito a disputarem a reeleição — o que fez dele o candidato natural do PSDB. Sem disputas, sem traumas.
A aprovação dessa PEC foi mais um escandaloso episódio de compra de voto parlamentar. Vejam bem: não foi a clássica distribuição fisiológica de cargos e verbas públicas para deputados e senadores, conta que teria sido repasse de dinheiro vivo aos congressistas. FHC sempre negou a acusação. O caso, porém, tem um farto conjunto de provas, relatos e documentações.
Ainda surfando nos ganhos do Plano Real, FHC se reelegeu presidente, novamente no primeiro turno (53,1% dos votos válidos), derrotando Lula mais uma vez (31,71%).
Quatro anos depois, findado o ciclo de Fernando Henrique Cardoso, os tucanos teriam de escolher um candidato a sucessão. É quando tem início a disputa de Tasso Jereissati, de volta ao governo do Ceará, e José Serra, então ministro da Saúde.
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