Cal,    Recebí o convite para sua festa de… não precisa falar a idade, né? Mas exijo que a festa seja regida ao som de “diskoteca”, anos 70’s, o tempo inteiro. Recebí um site com quase todas as músicas daquela época e estou me esbaldando, inclusive, tô com um passinho novo, que só cê vendo!

   É assim:

   Abro os braços igual a fôfa lá na prôa do Titanic. Em seguida, jogo o quadril pra frente, e dou um passo em falso com o tornozelo do pé direito em cambota, no mesmo sentido. Recolho os braços e faço com eles, movimentos de 45º graus, alternando, enquanto um sobe outro desce (sentido ioiô), para cima e para baixo, variando os passos em falso para a direita e para a esquerda, com os dois pés  “a-la” Currupira, em cambota, voltados pra trás.

  Projeto o torax pra frente, fazendo movimentinhos em circulos com o quadril, ora para a direita, ora para esquerda, como se estivesse girando um bambolê. Os joelhos semi-flexionados, impulsionam o tronco em movimentos leves e ritmados, dando uma certa graça aos passos, que retomo normais, fazendo mensão de ir pra frente e pra trás, mas com a variação lateral intercalando-os, explorando bem o movimento dos quadris, criando uma atmosfera bem fugaz… e dai a pouco, de tão leve, começo a flutuar…

  Pronto, esse é o ápce do meu novo passinho. E se tiver um bofe bem lindo e forte, ele pode me sustentar durantes alguns instantes no ar, tipo Patrick Swayze fez com aquele estrupício magrela em “Ritimo quente”.

  O único perigo é se, quando nossos olhares se firmarem, ao final da dança, eu sentir um calafrio… minha boquinha tremer… eu me esmorecer…

  Então, sinto muito, Cal: eu cato o Swayze pelo braço e vou-me embora da festa. Daí, nos falamos depois.

  Lantejoulas e missanguinhas pra você!

                                                                     Fábio Almeida

Os Impublicáveis